Código Visual da Dor é o nome dado à “ferramenta” que o vai ajudar a expressar melhor as suas dores. Nem sempre conseguimos traduzir por palavras que tipo de dor sentimos. Também não existe (ainda) um aparelho que possa medir a intensidade da nossa dor. Por isso, para facilitar esta análise duas entidades desenvolveram este método interessante e prático de entender a dor. Afinal, as dores fazem parte da vida quotidiana dos doentes com Lúpus…
A dor é muito difícil de descrever e não existem “medidores” que ajudem a identificar qual o grau de intensidade da dor. Cada pessoa pode ter uma experiência dolorosa diferente, tornando a dor numa sensação altamente pessoal.
Para facilitar esta análise, a Grunenthal, em parceria com Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), lançou o Código Visual da Dor, uma ferramenta visual de apoio à identificação dos descritores de dor que pretende facilitar a comunicação médico-doente no diagnóstico da dor crónica.
‘Uma imagem vale mais do que mil palavras’ – esta expressão, mais do que transmitir a sabedoria popular, espelha “aquilo que o Código Visual da Dor representa” já que este recorre a 12 imagens para ilustrar a sintomatologia dolorosa, nomeadamente: um ferro em brasa; um formigueiro; um frio gelado; um beliscão no nervo; rastejar sobre a pele; uma facada; um choque elétrico; alfinetes; um espasmo agudo; uma dor perfurante; arame farpado; ou uma queimadura.
Assim, através das 12 imagens (veja abaixo) o doente pode melhor descrever ao seu médico o tipo de dor que sente. Até aqui havia duas escalas que ajudavam a identificar a intensidade da dor. A escala numérica de 0 a 10, sendo que 0 corresponde à classificação “Sem dor” e 10 corresponde à classificação “Dor Máxima”; e uma outra, a escala das faces, que media a intensidade da dor de acordo com cada mímica facial, sendo que a expressão feliz corresponde à classificação “Sem dor” e a expressão de máxima tristeza corresponde à classificação “Dor Máxima”.
Com efeito, o novo Código Visual da Dor (veja aqui www.dor.com.pt) surge como uma mais-valia para todos os doentes e também para médicos que tentam todos os dias compreender e avaliar corretamente a dor.
A dor em Portugal
De facto, em Portugal, 37% da população adulta padece desta doença que constitui um dos maiores desafios da medicina. E estes números têm um grande impacto na economia portuguesa porque os custos indiretos são muito avultados. Acredita-se que ascendam aos 4,5 mil milhões de euros, o que corresponde a 2,7% do PIB nacional e esta realidade está relacionada, por exemplo, com o absentismo laboral.
Segundo os especialistas, os custos com a dor são, aliás, superiores ao somatório dos gastos com a obesidade, diabetes, álcool e tabagismo em Portugal.
Perante este flagelo, investigadores têm desenvolvido esforços no sentido de minorar os sintomas e promover a melhoria da qualidade de vida dos doentes que sofrem com dor crónica.